Porque

O desenvolvimento do projeto Circuitos Arqueológicos de Visitação da Chapada Diamantina permite o delineamento de itinerários destinados a um público selecionado, em seis municípios chapadenses considerados como áreas de experiência piloto:

  • Iraquara
  • Lençóis>
  • Morro do Chapéu
  • Palmeiras
  • Seabra
  • Wagner

Este projeto, pioneiro no estado da Bahia, toma os sítios de arte rupestre como foco de interesse de visitação, no sentido amplo, com a intenção de inseri-los em redes sociais e econômicas locais que tragam benefícios às comunidades que estão nas proximidades, como fica expresso nas premissas que fundamentam a proposta de atuação:

  1. Não há possibilidade de preservação sem a atuação da comunidade que está próxima aos sítios de arte rupestre.
  2. Não existe proteção sem conhecimento do que deve ser protegido e, para isso a pesquisa cientifica é fundamental e insubstituível.
  3. A conservação do patrimônio não pode estar dissociada da esfera econômica e, por isto, deve ser pensado sempre em retornos financeiros ou de melhoras sociais para os grupos em contato com os sítios. Aqui, cabe deduzir que não há preservação do patrimônio sem que exista o aproveitamento correto por parte das comunidades.

O projeto visa à efetivação de uma forma de programa de ações derivadas das pesquisas arqueológicas que se enquadram em uma linha de trabalho que denominamos práticas sociais da Arqueologia, que considera todo o processo de produção científica arqueológica como peça fundamental na geração de uma dinamização econômica de comunidades pouco favorecidas, jogando, ao mesmo tempo, um papel preponderante no fortalecimento do sentimento de topofilia e, conseqüentemente, na valorização das identidades territoriais.

Como posicionamento ético e político da prática arqueológica, em todas as etapas da pesquisa há de existir a participação das comunidades através de seus agentes oficiais, lideranças ou simplesmente os cidadãos comuns que dialogam ativamente e permanentemente com os pesquisadores acerca das decisões a serem tomadas no rumo dos estudos e quanto se refere ao destino dos materiais e sítios arqueológicos.

Os itinerários elaborados são fortemente baseados na participação direta de membros das comunidades dos municípios mencionados, o que garante o compromisso dos moradores locais para com o projeto. Ao mesmo tempo, impõe a continuidade, para que se possa culminar com a implantação efetiva dos circuitos de visitação.

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